Bem vindos

Acabou de entrar numa Zona Iscspianista, caso não seja iscspianista, vírus horrorosos vão entrar pelo computador, subir pelas teclas, entrar nos dedos e caminho aberto para o Cérebro... acéfalos estão a salvo...(Há muitos por ai:)

quarta-feira, 5 de setembro de 2007

Prof. Bilhim falou com o "O Encoberto"

O corpo editorial d’”O Encoberto” gostaria de agradecer, ao Prof. Bilhim pela oportunidade que gentilmente nos concedeu, de um “Mail to Mail Interview”.

“O Encoberto” – Já tinha ouvido falar na nossa revista? O que pensa sobre este tipo de iniciativas no nosso Instituto?


Prof. Bilhim – Esclareço, desde já, que dou estas respostas em nome pessoal e não como PCD, o qual não deve corresponder-se com anónimos autores de folhas pseudónimas. Com efeito, no mail pedindo esta entrevista, vocês descrevem-se como sendo a “revista dos alunos” do ISCSP, o que parece evidentemente abusivo. As revistas dos alunos do ISCSP, como O Isco, a Prensa, etc., foram sempre revistas independentes, interventoras e críticas, que deixaram saudades pelo seu humor, acutilância, qualidade e amor ao Instituto. Nenhuma era anónima e de proveniência “encoberta”.


“O Encoberto” - Na última conferência das Jornadas de C.P. do ano lectivo 2006/2007, o Prof. levantou-se e saiu a meio de uma conferência, na altura em que o Prof. Maltez estava a falar. A quem assistiu à conferência, quis parecer que o Prof. saiu por causa do que estava a ser dito. Na cabeça de todos os que assistiram está a pergunta… o que se passou?


Prof. Bilhim – Estando presente na qualidade de Presidente do Conselho Directivo, a convite dos organizadores, seria uma falta de respeito para com os alunos e para com o ISCSP prestar-me a testemunhar situações e a ouvir insultos, dirigidos ao CD e a professores, que nem sequer permitiam discussão por parte do PCD – e, repito, era nessa qualidade e a convite dos organizadores que ali estava.


“O Encoberto” - Em plenas férias de verão o I.S.C.S.P.(e O.) viu-se envolvido numa polémica, que tinha como ponto central o link, http://www.iscsp.utl.pt/cepp. Como qual o seu ponto de vista sobre esta polémica?


Prof. Bilhim – Não houve qualquer polémica. Houve declarações falsas e gravemente lesivas do bom nome do Instituto, publicadas num blogue, no Diário de Notícias, na Sábado e em O Diabo, que foram imediatamente desmentidas nestes jornais. A responsabilidade dessas declarações contra o bom nome e a boa imagem do ISCSP fica com quem as fez.


“O Encoberto” - Segundo o Diário de Notícias, que teve acesso a uma carta dirigida aos docentes do I.S.C.S.P.(e O.), o Prof. irá propor "a abertura de um inquérito, destinado a apurar os factos e as correspondentes consequências disciplinares". Porquê um inquérito e quais as suas possíveis consequências?
Prof. Bilhim – O Diário de Notícias não “teve acesso a uma carta dirigida aos docentes do ISCSP”. Publicou, tal como a Sábado e O Diabo, os desmentidos do ISCSP às falsidades e insultos que já referi. Os docentes e funcionários do ISCSP é que tiveram imediato acesso a esses desmentidos, para ficarem tranquilos quanto à defesa do bom nome do Instituto e à refutação de documentáveis mentiras que lhes causaram justificada indignação, porque conheciam a verdade dos factos e viam o Instituto e quem nele trabalha serem deliberadamente enxovalhados na praça pública. Quanto à vossa pergunta: como devem saber, qualquer inquérito deste tipo é independente. Destina-se a apurar factos e a extrair deles consequências, nos termos da Lei.


“O Encoberto” - Ainda segundo o mesmo jornal, o Prof. Maltez classifica este inquérito como “uma ameaça”, e o Prof. Carlos Diogo Moreira afirma que dita carta "revela precipitação e insensatez", e que a sua actuação "não corresponde à imparcialidade que o cargo exige".
O que diz a estas declarações?


Prof. Bilhim – Só se sente ameaçado por um inquérito quem acha que tem razões para isso... E insensatez seria deixar sem imediata resposta os gravíssimos e sujos ataques de que o Instituto foi alvo. A imparcialidade não está em causa: as declarações publicadas nos jornais são um facto, correspondente a “factos” documentadamente falsos.


“O Encoberto” – Porque é que o I.S.C.S.P.(e O.) é constantemente afectado por “guerrazitas” internas, levadas a cabo pelos docentes mais “graduados”?


Prof. Bilhim – Pergunte a quem as faz e, já agora, a quem ajuda... De resto, não é tanto assim, excepto para quem faz delas profissão ou acha nelas matéria de difusão e notícia.


“O Encoberto” – Um dos temas recorrentes das mais recentes “guerrazitas”, é o da monopolização do poder por parte da actual direcção do nosso Instituto. Como explica isto?


Prof. Bilhim – Com toda a franqueza, não sei quais são as mais recentes “guerrazitas”... Mas, geralmente, as “guerrazinhas” fazem-se pela defesa de interessezinhos e protagonismozinhos, que só se dão bem com a desinformação e com as águas turvas. E nada têm a ver com o que é importante e essencial para o ISCSP. Quem conheça minimamente a estrutura e a separação de poderes no Instituto (idêntica a de todas as escolas da Universidade Portuguesa) sabe que essa “monopolização do poder” é, felizmente, impossível: além do CD, existe o Conselho Científico, o Conselho Pedagógico e a Assembleia de Representantes, sendo o CD, CP e AR eleitos, com competências próprias... E há, como se sabe, outros “contrapoderes” institucionais.


“O Encoberto” – A nossa revista fez uma mini sondagem cá no I.S.C.S.P.(e O.) no final do anterior ano lectivo. No fim do inquérito pedíamos aos alunos que descrevessem o nosso Instituto com uma frase. Boas instalações e mais nada, foi a ideia mais representativa dentro da amostra conseguida, mostrando ser uma constante no pensamento dos alunos. Acha que esta ideia reflecte a nossa realidade?


Prof. Bilhim – Se foram esses os resultados dessa “míni sondagem” e da “amostra conseguida”, devo dizer que em nada correspondem às opiniões das centenas de estudantes inquiridos, durante o ano, no âmbito do sistema de avaliação de qualidade do Instituto. De resto, é evidente que essa ideia não corresponde à “nossa realidade” – e vocês, como estudantes do ISCSP, têm obrigação de o saber . A “nossa realidade” é sermos a maior escola de Ciências Sociais e Políticas do País e a que mais publica, com excelentes professores, alunos e funcionários, e com uma taxa de empregabilidade dos licenciados, que é invejável, nos tempos que vão correndo... Um dos nossos melhores traços, aliás, é precisamente uma tendência permanente para a autocrítica, frequentemente excessiva e infundada, mas que nem por isso deixa de ser saudável.


“O Encoberto” - Quais são os desafios do I.S.C.S.P.(e O.) para o futuro?


Prof. Bilhim – Além de vir a ter uma verdadeira “revista de alunos” – que seja do ISCSP e não de “encobertos” do ISCSP (e O.)?... Uma revista independente, crítica, e de qualidade? Pensem nisso e terão o meu total apoio!
Os desafios são muitos: responder ao processo de Bolonha e às novas condições de organização e funcionamento que nos vão ser impostos pelo já promulgado Regime Jurídico das Instituições de Ensino Superior (RJIES), valorizar cada vez mais o corpo docente, o corpo de alunos e o corpo de funcionários, intensificar a internacionalização, atender à sempre difícil relação entre a Universidade e o mercado, desenvolver o sistema de avaliação de qualidade, etc., etc. – e etc. A lista não tem fim, para quem verdadeiramente se preocupe com o futuro do ISCSP e para quem esteja disposto a amá-lo e a defendê-lo como merece. Espero que seja também o vosso caso...