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Acabou de entrar numa Zona Iscspianista, caso não seja iscspianista, vírus horrorosos vão entrar pelo computador, subir pelas teclas, entrar nos dedos e caminho aberto para o Cérebro... acéfalos estão a salvo...(Há muitos por ai:)

segunda-feira, 26 de março de 2007

Cábulas ou auxiliares de memória?

Primeiro gostaria de me dirigir aos alunos que estão preocupados, quanto à possibilidade de neste artigo aparecerem os melhores métodos para fazer cábulas: Descansem, porque eu não vou dizer aos nossos professores como é que os alunos fazem as cábulas.Serão as cábulas uma maneira ilegítima de se alcançar uma nota? Ou será que o ensino está mal equacionado? O primeiro problema que surge quando este tema é abordado, é o facto de que os alunos que não usam cábulas, ficam em óbvia desvantagem quanto aos alunos que as usam. Infelizmente este facto, é um perfeito exemplo de “fogo amigo”. Gosto de considerar as cábulas como meros auxiliares de memória, ou seja um “jump start” para o raciocínio. Até porque penso que o problema maior está no ensino… Acontece que a “aquisição de conhecimentos” está a ser levada demasiado à letra. Meramente adquirir conhecimento, sem verdadeiramente processar os dados… “Decora, decora, decora… põe, põe, põe…” (João Ratão:) “Você não sabe, as 20 características do não sei quê, ou os 15 pontos da teoria geostacionária do não sei das quantas? - nota10”. Qualquer Iscspianista está consciente que na maior parte das cadeiras, quanto mais decorar melhor a nota. E se possível… algumas citações… adoram isso… Isso é muito bonito, mas não é o melhor método… Ponham mais exames de consulta e acabarão com as cábulas. Simplesmente gravar as coisas na memória, não nos prepara para o futuro. Saber inter-relacionar a informação é o que nos possibilita, melhor compreender e melhor operacionalizar qualquer conceito. Calculo que todos os docentes deste Instituto, concordam com esta premissa. Mas de concordar, a aplicar nas aulas e na correcção de exames vai um longo caminho. Quando estivermos a trabalhar não nos interessa saber de cor, seja lá o que for… Interessa-nos sim, saber aplicar os conceitos na prática e saber onde procurar caso não saibamos. É necessário repensar as perguntas e o que se quer delas. O aluno tem que saber operacionalizar o conceito, não dizer palavra por palavra o que leu. Após devida redefinição dos exames, deveria ser permitido aos alunos terem pelo menos duas folhas de consulta.
Palavras-chave ou uma estrutura da matéria auxiliam a memória e possibilitam um melhor desempenho, para além de reduzirem o factor “nervoso”. Não penso ser um pedido assim tão descabido.
Para não parecer injusta, queria agradecer aos professores que não ligam ao “cartilhísmo”, são poucos mas “eles andem aí”… Continuem o bom trabalho!
Muitos docentes têm ainda de aprender que ler os livros na aula dá sono aos alunos. Mesmo um discurso lógico e contínuo acaba por se transformar em cong…Bla bla bla bla… Os alunos precisam de intervir, de trabalhar os conceitos, de alguma excitação para sobreviver a mais um dia…
Quem quiser usar cábulas… Calma… o nervoso é o teu pior inimigo… “Eles” não sabem de nada…Chiuuu! Nada de movimentos bruscos e nada de estar sempre a olhar para ver onde está o Prof.… vocês conseguem sentir a sua presença… usem a força… É claro que estudar também ajuda… acho eu…
Já agora, sabiam que o cérebro das mulheres consegue interrelacionar melhor a informação, por termos mais ligações entre os hemisférios? Deve ser por isso que somos mais inteligentes :)
Como os cães ladram e a caravana passa…

Carla Me.